
A Cozinha Comunitária Beira Rio, no Recreio, comemorou, nesta sexta-feira (11/8), seu primeiro ano de funcionamento e o marco de 75 mil refeições servidas. O Programa Prato Feito Carioca leva as Cozinhas Comunitárias atualmente a 15 diferentes locais do Rio: Mangueira, Andaraí, Catumbi, Bento Ribeiro, Tanque, Costa Barros, Anchieta, Acari, Recreio dos Bandeirantes, Vila Kennedy, Guaratiba, Campo Grande, Vila Aliança, Realengo e Nova Sepetiba. As refeições são supervisionadas por nutricionistas da Prefeitura do Rio, que garantem um cardápio balanceado, saboroso e que alimente bem aos moradores do Rio beneficiados de todas as idades. O programa é gerido pela Secretaria Municipal de Trabalho e Renda do Rio (SMTE).
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Patrícia Machado sempre trabalhou com vendas, mas a pandemia chegou e ficou difícil sustentar seus quatro filhos. Hoje é administradora da cozinha e pode dedicar tempo a cuidar de seu filho autista com a ajuda de custo que recebe da cozinha e mais o auxílio financeiro do governo. “Pego diariamente cinco quentinhas do Prato Feito Carioca. Ajuda muito meu orçamento”, comentou Patrícia. “Aqui atendemos beneficiários com um perfil diferente. Temos muitos refugiados e brasileiros que vêm de outros estados em busca de trabalho”, acrescentou a assistente social Desiree Makluf do Nascimento. O técnico em perfuração petroleira marítima venezuelano Carlos Rossi, refugiado, há dois anos no Brasil, elogiou o programa. “Não é fácil não ter um prato de comida. O Prato Feito Carioca me ajuda muito enquanto não consigo trabalho”, disse o beneficiário, que sonha poder trabalhar com sua profissão aqui no Brasil.
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O coordenador da cozinha, Antônio Jorge Beze, do Instituto Servir por Amor, já tirou algumas pessoas da rua com seu trabalho assistencial. O paulista Diego Henrique Mamedes, de 38 anos, foi um deles. “Ele estava praticamente morto devido ao álcool”, lembrou Beze. Com ensino médio completo, hoje atua como pizzaiolo, graças ao coordenador, pensa em empreender para ganhar mais e já vai ajudar mais um a sair da situação de rua no bairro.
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“Quero ter meu próprio negócio porque ainda preciso do Prato Feito Carioca para me alimentar já que pago R$ 430 de aluguel aqui na comunidade. Tenho sonhos. Conhecer Fernando de Noronha é um deles”, desabafou Diego.
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O secretário municipal de Trabalho e Renda, Everton Gomes, antecipou que levará outros serviços da SMTE à comunidade. “No dia 5 de outubro estaremos aqui com o Trabalha Rio e o Rio+ Cursos, trazendo oportunidades de qualificação e de trabalho nas empresas parceiras ”, comentou, entregando um Prato Feito Carioca simbólico de parabéns a um dos primeiros beneficiários, Sebastião Roberto Neves Mendes, de 67 anos, que tem 29 anos de carteira assinada como motorista profissional, está com problemas de saúde, sem conseguir trabalhar e não consegue se aposentar.
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